segunda-feira, 31 de outubro de 2011


Todos os dias dou comigo a pensar, a pensar no passado onde já fomos felizes um com o outro. Correm-me as lágrimas,tenho um vazio enorme que todos os dias preencho com antigas lembranças, agarro-me a todas as coisas que me fazem lembrar de ti, fecho-me no meu quarto onde fico por longas horas a olhar o tecto, mas o que mais me comove é que o sol continua a brilhar. Quando acordo e me olho ao espelho vejo nos meus olhos que ainda te amo e essa é sem dúvida a maior mágoa que tenho, mas lá fora o sol continua a brilhar. Era uma vez o tempo, o tempo que passou por mim sem que eu me apercebesse, era uma vez uma voz, uma voz que queria dar um grito para que todo o mundo ouvisse tudo o que tinha para dizer. Moral da história: a vida continua, mas o mais impressionante é que o sol continua a brilhar lá fora...

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Mãe



Ah, mãe
Quem me dera ser pequena
Ser pequena para te agarrar pela mão
Pela mão como já não o fazes à muito.

À muito que te foste embora
Embora para bem longe
Longe dos teus que te amavam 
E amam com todas as forças!

As minhas forças já eu as perdi
Perdi-te a ti num piscar de olhos
Olhos que agora choram
Choram pelo teu luto.

Luto doloroso,
E doloroso é pesar em ti
Tu que me amparaste todas as quedas
Quedas essas que me ensinaram a viver.

Viver o presente custa
Custa não te ter aqui
Aqui para eu me sentar no teu colo
Colo esse onde eu já ri, já chorei.

Mãe,
Isto dói!

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Sem ti


Preciso de ti, ou se calhar não...Confusa, sim! Era fácil se aqui estivesses, tocar-te, beijar-te, abraçar-te. Quem sabe se isto não poderia ter sido tudo diferente, só sei que agora te quero mais que nunca. Para quê sorrir se me apetece chorar? Por favor, mantém-me viva. Ouve os meus gritos de desespero neste silêncio profundo onde me deixaste desprotegida. As minhas pulsações são cada vez mais fortes, não morro á fome porque este desespero me sustenta. Ouve a minha prece, vem depressa que eu não aguento muito mais tempo. Sinto-me fraca, meti-me num buraco da qual não posso sair. Socorro! Já há pouca vida dentro de mim, metade do meu mundo desabou, agora o que resta esgana-me,sufoca-me. Dá-me a tua mão, não me deixes só. Eu preciso que fiques comigo porque sem ti não resistirei a estas mãos que me empurram para o abismo. Por favor sê alguém com quem eu possa contar, sê alguém que me ame e não me faça sofrer , sê aquilo que nunca podeste ser, dá-me tudo o quanto não me podeste dar, entrega-te a mim e não vás embora. O meu coração implora que sejas meu, o quanto eu quero que sejamos só tu e eu...

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Primeiro Amor

  




  Lembro-me como se fosse hoje... Ah, os meus 17 anos, onde eles já vão! Sei que era um dia de muito sol, depois das aulas segui-te até ao lago da Floresta onde te descalças-te e suavemente passavas os teus pés naquela água fresca. Talvez de estares farta de olhar aquela paisagem levantaste-te e do nada começaste a correr aqueles caminhos pintados de verde daquela erva húmida e fria enquanto eu te observava de entre as árvores. A luminosidade dos raios de sol que penetravam por entre os ramos faziam o teu cabelo parecer castanho, mas visto bem de perto era preto. Aquele vestido branco que trazias tornava o teu rosto mais claro, era pura beleza aquilo que eu espreitava com os meus olhos. Mas, de repente, notaste que não estavas sozinha e com a tua voz doce, delicada e suave perguntaste quem ali estava e eu num impulso saí de entre as árvores e respondi que era simplesmente eu. Tu sorriste e de mansinho pegaste na minha mão e conduziste-me até uma fraga onde por longas horas nos sentamos a conversar e num acto de silêncio provocado por uma troca de olhares disse que te amava. Nunca pensei que poderias gozar comigo e rires-te na minha cara mas fizeste-o. Custou-me esquecer-te mas não posso negar o meu passado, tu foste o meu primeiro amor. 

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Marinheiro


Oh Marinheiro,
  que navegas entre a noite e o nevoeiro
  deixando mulher e filhos para trás
  e sem certezas de que irás voltar.

Oh Marinheiro,
  que lutas contra a força da maré
  e contra grandes tempestades
  tu sabes que podes naufragar.

Oh Marinheiro,
  bem sabes que vida há só uma
  e o desejo de voltares aos teus é muito grande
  por isso à que lutar.

Oh Marinheiro,
  avista as nuvens a afugentar
  já é madrugada
  são horas de regressar.

Oh Marinheiro,
  não há melhor do que o nosso lar
  um grande abraço do teu filho
  e uma mulher que te sabe amar.

Oh Marinheiro,
  tens mais uma história a contar
  e a tua familia deliciada
  de certeza que a vai escutar.  

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Amigos para sempre


  Sentado naquele banco de jardim, sempre, sempre à espera de algo, em cada passo que dava, um pedaço de terra congelava, com o seu ar amargo e frio. Nunca em 365 dias por ano tentava aquecer o seu coração, nunca soubera a sensação de amar, nunca uma rapariga lhe trocara um olhar.
  Mas num dia de nevoeiro, olhando a sua paisagem habitual, reparara um cão recém nascido, ao pé de uma toca de uma árvore. Pela primeira vez, praticou um acto de bondade: pegou no cão e levou-o para casa. Acho que ninguém estava à espera disto. Continuando, depois de ter tratado do pobre animal, não teve coragem de o colocar outra vez na rua, mas este acto valeu-lhe para o resto da sua vida. Passadas algumas semanas, a vida de Rui tinha mudado completamente, Rafeiro passou a ser o seu animal de estimação e o seu melhor amigo.
  Era dia 28 de Maio, final do mês e Rui dirigia-se ao super mercado para pagar a conta que tinha em dívida, mas logo à entrada deparou-se com dois homens armados que o obrigaram a entrar, a ele e ao seu animal. Com ameaças de morte obrigaram Rui a arrombar a caixa registadora onde estava guardado o dinheiro. Entretanto, ouviram-se as sirenes dos carros da polícia, uma série de gente via do exterior tudo o que se estava a passar, os assaltantes aflitos só tiveram uma reacção, dispararam sobre Rui. Ouviu-se um terrível latido do Rafeiro, quando o corpo do seu dono caiu sobre aquele chão. Tentou-se tudo, mas nada fez voltar Rui à vida.
 Muita gente assistiu ao seu funeral, mas, em frente ao caixão, lá estava o fiel amigo de Rui com uns olhos muito tristes. Naquela noite, Rafeiro dormiu sobre a campa do seu dono e diz o coveiro que não conseguiu adormecer, só lhe apetecia chorar porque o cão não parava de ganir. No dia da missa de sétimo dia de Rui, algumas pessoas dirigiram-se ao cemitério e depararam-se com o Rafeiro deitado aos pés da campa. Desde que o seu dono morreu, ele nunca o abandonou e agora também ele jaz naquele cemitério. Rafeiro morrera à fome.
 Conta-se em mitos e lendas, que Rui e Rafeiro não se encontraram por acaso mas sim que foi tudo obra do destino. Diz-se também que ambos caminham no Paraíso alegres, felizes, rindo entre brincadeiras de crianças espalhando o bom sabor da verdadeira amizade. 

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Esquecer...

Diz-me quem és tu,
Que me assassinas a alma,
Trais os meus sentimentos
E invades os meus sonhos.

Talvez sorria por fora,
Mas o meu coração sangra por dentro
Só alguém como tu
É que envade o meu pensamento.

Sou mulher apaixonada,
Por um homem muito distante
Mas só ao pé de ti
É que sinto uma alegria constante.

O teu nome anda na boca
Do Vento, aquele maroto
Mas só ele consegue
Levar o sofrimento num sopro.

Choro porque não sabes
Mas a culpa também é minha
Faltam-me as palavras
Nesta minha alma tão pobrezinha.

Talvez é melhor esquecer
Que algum dia exististe
Pois quanto mais penso em ti
Mais a minha vida fica triste.

Um amor impossível
Um amor sem solução
Adeus até um dia
Esta é a minha decisão.


sexta-feira, 1 de abril de 2011

Eterna noite…

 Na cidade adormecida, ainda a lua vai alta, há sempre alguém que desperta na ânsia de viver mais. Ou é o stress ou é a crise que não o deixa dormir, põe-se a pé, vai á janela, olha a lua e pensa:
  -A noite é boa conselheira, pode ser que amanhã o problema esteja resolvido…
  Com um nó na garganta e um aperto no coração, finge que vai beber água e volta a deitar-se. Não consegue dormir, algo lhe vem à cabeça e o incomoda bastante. O que terá feito este bom homem para não conseguir descansar? Roubou? Matou? Só isso é que não me iria deixar dormir, pelo menos a mim. Olha para o relógio, são 3:45h. Com um suspiro diz ele:
  -Nunca mais é dia!...
Depois de muito tempo acordado, estava exausto e adormeceu. O que se passou com ele? Não sei, nunca me chegou a contar.                                                              

terça-feira, 15 de março de 2011

Liberta-me!


Corre, corre
Corre e deixa-me correr.
Sê livre como a andorinha
Bate asas e voa.

Não te prendas por mim
Não te prendas a um campo de cearas.
Vai, segue
Eu fico, não esperes.

Perdida e abandonada
Estou aqui a cantar canções de amor.
Choro por ti, por mim
Por nós.

Olha à tua frente,
Tanto tempo perdido.
Aproveita o que te resta
Esquece-me!

Ambos sofremos,
Ambos suspiramos,
Mas uma nova fase se aproxima
Aproveita-a!

És a minha vida,
Ser da minha existência.
É por ti que o meu coração bate,
Liberta-me!

Roubaste-me o coração,
A minha alma, a minha vida.
Vai-te embora,
Mas por favor devolve-me tudo!

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Carta





Vila do Conde, 10 de Fevereiro de 2011
  Pedro,
  Já lá vão dois meses, estou disposta a perdoar tudo o que me fizeste. Deste-me tempo para chorar, para rir, para pensar e para olhar o Mundo com “olhos de ver”. Hoje é dia em que o céu desce à Terra, o nevoeiro cobre completamente as ruas, olho através da janela e vejo nela reflectida a tua imagem, os teus doces olhos, a nossa história. Pode ser que com o rebentar das flores, renasça de novo a nossa paixão. Talvez eu possa tocar com a minha boca nos teus lábios, talvez eu te leve às nuvens em noites mais quentes, talvez eu po...
  Já não posso fazer nada, tudo terminou no dia em que disseste:"acabou". Pode o nevoeiro cobrir as ruas, mas vou seguir um caminho qualquer, e veremos o seu destino. Talvez nos encontremos numa outra vida, numa outra rua, onde viveremos juntos e felizes.
                      Eternamente tua:
                                                 Sofia.

O Som do Silêncio






Uma alma perdida
Uma alma enganada
Um pouco de ti
Um pouco de nada.

Um beijo doce
Um beijo amargurado
Um coração só
Um coração magoado.

Uma brisa suave
Uma rajada de vento
Um raio de sol
No meu pensamento.

Uma estrela que brilha
Embalada pela lua
Uma alma solitária
Que vagueia pela rua.

Um olhar sereno
Sobre um papel vazio
Uma vela derretida
Entre o calor e o frio.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Uma Família

  
Era uma vez uma família feliz, como muitas outras. Pais advogados 12:00 horas por dia, e filhos estudantes. Pouco tempo tinham uns para os outros, mas a ausência dos pais era compensada com roupas de marca, e viagens de férias para o Hawai. Seria assim para sempre?
  Um dia o pai telefona para a escola que os dois filhos frequentavam para dar autorização às crianças para saírem mais cedo. Ao chegarem a casa, viram o pai com cara de caso e perguntaram-lhe o que é que se passava e porque é que a mãe não estava. Em tom mansinho, o pai responde:
-Filhos, meus queridos, a vossa mãe está no hospital…
O espanto dos filhos foi grande, mas pela primeira vez, o pai estava com paciência para os esclarecer sobre tudo. O que se passava era que a mãe das crianças tinha um cancro muito avançado, este era o mesmo da qual sofria a avó deles e que a acabou por matar.
 Naquele preciso momento, a vida desta família tinha acabado de mudar radicalmente. Seria o dinheiro suficiente para atender aos caprichos dos filhos e pagar todos os tratamentos que a mãe precisava? Não, não chegava. Por três longos meses as crianças habituaram-se a usar roupas sem serem de marca, as viagens para o Hawai saíram das suas listas, mas o tempo e a paciência começaram a ser utilizadas. O pai já era pai presente e os filhos tornaram-se mais humildes, e até aprenderam a rezar a Deus para que protegesse a mãe. A treze de Março, o médico deu a maravilhosa notícia de que tinha sido retirado o cancro à mãe, definitivamente. A felicidade era tanta que esta família nem cabia em si de contente. Depois de terem dado alta à mãe, esta família teve uma conversa. Como estas crianças não tiveram os “mimos” habituais, os pais queriam recompensá-los e perguntaram o que é que queriam. E sabem a resposta? Nada, os meninos não queriam nada, disseram que eram muito mais felizes sem caprichos e riquezas, só queriam a atenção dos pais 24:00 horas por dia. A humildade destas crianças era cada vez maior, a vida desta família nunca mais foi o que era.

domingo, 16 de janeiro de 2011

O Natal e o Ano Novo



  Está frio cá fora, os meus pés descalços estão gelados! Bato de porta em porta e ninguém me ajuda. Onde está o coração destas pessoas? Nem na época de Natal ajudam uma pobre criança, descalça, cheia de frio e a precisar de algo quente. Não tenho família, mas já sei onde vou passar o Natal. Vou passá-lo ao pé do presépio da igreja. Aquele local é maravilhoso. De dia, toda a gente passa e ninguém dá conta daquele menino delicado, mas á noite tudo se enche de magia, um foco de luz se ilumina sobre os olhos daquela criança e muitas luzinhas de várias cores piscam como uma noite de céu estrelado. Na noite da consoada vou pedir a Jesus, que no Novo Ano aqueça os corações  das pessoas, que ele as faça lembrar de quem mais precisa, e que elas comemorem um Natal todos os dias. Vou pedir paz, amor, carinho e esperança e espero que ele me traga um Ano muito melhor que este.
  O meu carvão está a chegar ao fim e já me doem as mãos do frio, vou procurar um cartão para me deitar e dormir. 

sábado, 15 de janeiro de 2011

E o amanhã?


Tenho medo,
muito medo.
Não sei o que acontecerá
oh, meu amor.

Como te contar?
não sei, não sei
Mas serás de outra
se não tentar.

O meu medo é tanto, tanto
que angústia, que sensação!
Sim estou apaixonada
bate forte o meu coração.

Se casas,
se morres
O que faço sem ti
se nada sabes?

No dia-a-dia
sofro com tudo isto
Amo-te silenciosamente
assim será para sempre

Morro por ti
e tu morres por ela
É pena que esta não seja
a história da Cinderela.


Menina de olhos azuis



 Não! Não esqueço. Quando te vi pela primeira vez, menina dos meus sonhos, oh meu Deus! A tua chegada era mais ansiada por mim do que a minha própria vida. A tua luz vadia, livre e inocente irradiou o meu coração. Não esqueço a minha menina de olhos azuis. Porquê? Carreguei-te nove meses no meu ventre, para agora te ver descer a um buraco que, para mim, não tem fundo. Sepultura mais fria e cheia de dor, essa onde tu entravas! Descansa em paz minha filha, pois quando à noite olhar para as estrelas, te mandarei sorrisos sem fim e toda esta saudade e sofrimento desaparecerão por instantes. Uma mera brisa correrá de um lado para o outro para te embalar e uma calma me percorrerá o corpo. Nunca te esqueças: serás sempre para mim a razão da minha existência, a vida da minha vida.
  Sei que estás sempre ao meu lado até ao dia em que, como tu, descer à terra fria. Nesse momento pegar-te-ei de novo ao colo e beijar-te-ei sem fim. Por isso, não te digo adeus. Apenas pouso nos teus lábios um doce beijo e, carinhosamente, me despeço. Até já… 

Entre pensamentos





  Falésias altas prolongavam-se á beira-mar, maré calma, sabor salgado, um pé descalço traçava a areia fina. Em puro horizonte adormecia o Sol, uma brisa fresca balançava as pequenas e frágeis túlipas, quem respirava esta calma, era Homem novo. Um pequeno e melodioso assobio soava ao longe. Era música para os ouvidos de todos os apaixonados que sonhavam ali estar.   
Olá!
Bem-vindos ao meu Blog. Neste espaço irei colocar textos da minha autoria todos eles fruto do meu trabalho.
Comentem e apreciem.
Espero que gostem.