quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Carta





Vila do Conde, 10 de Fevereiro de 2011
  Pedro,
  Já lá vão dois meses, estou disposta a perdoar tudo o que me fizeste. Deste-me tempo para chorar, para rir, para pensar e para olhar o Mundo com “olhos de ver”. Hoje é dia em que o céu desce à Terra, o nevoeiro cobre completamente as ruas, olho através da janela e vejo nela reflectida a tua imagem, os teus doces olhos, a nossa história. Pode ser que com o rebentar das flores, renasça de novo a nossa paixão. Talvez eu possa tocar com a minha boca nos teus lábios, talvez eu te leve às nuvens em noites mais quentes, talvez eu po...
  Já não posso fazer nada, tudo terminou no dia em que disseste:"acabou". Pode o nevoeiro cobrir as ruas, mas vou seguir um caminho qualquer, e veremos o seu destino. Talvez nos encontremos numa outra vida, numa outra rua, onde viveremos juntos e felizes.
                      Eternamente tua:
                                                 Sofia.

O Som do Silêncio






Uma alma perdida
Uma alma enganada
Um pouco de ti
Um pouco de nada.

Um beijo doce
Um beijo amargurado
Um coração só
Um coração magoado.

Uma brisa suave
Uma rajada de vento
Um raio de sol
No meu pensamento.

Uma estrela que brilha
Embalada pela lua
Uma alma solitária
Que vagueia pela rua.

Um olhar sereno
Sobre um papel vazio
Uma vela derretida
Entre o calor e o frio.