segunda-feira, 25 de julho de 2011

Sem ti


Preciso de ti, ou se calhar não...Confusa, sim! Era fácil se aqui estivesses, tocar-te, beijar-te, abraçar-te. Quem sabe se isto não poderia ter sido tudo diferente, só sei que agora te quero mais que nunca. Para quê sorrir se me apetece chorar? Por favor, mantém-me viva. Ouve os meus gritos de desespero neste silêncio profundo onde me deixaste desprotegida. As minhas pulsações são cada vez mais fortes, não morro á fome porque este desespero me sustenta. Ouve a minha prece, vem depressa que eu não aguento muito mais tempo. Sinto-me fraca, meti-me num buraco da qual não posso sair. Socorro! Já há pouca vida dentro de mim, metade do meu mundo desabou, agora o que resta esgana-me,sufoca-me. Dá-me a tua mão, não me deixes só. Eu preciso que fiques comigo porque sem ti não resistirei a estas mãos que me empurram para o abismo. Por favor sê alguém com quem eu possa contar, sê alguém que me ame e não me faça sofrer , sê aquilo que nunca podeste ser, dá-me tudo o quanto não me podeste dar, entrega-te a mim e não vás embora. O meu coração implora que sejas meu, o quanto eu quero que sejamos só tu e eu...

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Primeiro Amor

  




  Lembro-me como se fosse hoje... Ah, os meus 17 anos, onde eles já vão! Sei que era um dia de muito sol, depois das aulas segui-te até ao lago da Floresta onde te descalças-te e suavemente passavas os teus pés naquela água fresca. Talvez de estares farta de olhar aquela paisagem levantaste-te e do nada começaste a correr aqueles caminhos pintados de verde daquela erva húmida e fria enquanto eu te observava de entre as árvores. A luminosidade dos raios de sol que penetravam por entre os ramos faziam o teu cabelo parecer castanho, mas visto bem de perto era preto. Aquele vestido branco que trazias tornava o teu rosto mais claro, era pura beleza aquilo que eu espreitava com os meus olhos. Mas, de repente, notaste que não estavas sozinha e com a tua voz doce, delicada e suave perguntaste quem ali estava e eu num impulso saí de entre as árvores e respondi que era simplesmente eu. Tu sorriste e de mansinho pegaste na minha mão e conduziste-me até uma fraga onde por longas horas nos sentamos a conversar e num acto de silêncio provocado por uma troca de olhares disse que te amava. Nunca pensei que poderias gozar comigo e rires-te na minha cara mas fizeste-o. Custou-me esquecer-te mas não posso negar o meu passado, tu foste o meu primeiro amor.