sábado, 15 de janeiro de 2011

Menina de olhos azuis



 Não! Não esqueço. Quando te vi pela primeira vez, menina dos meus sonhos, oh meu Deus! A tua chegada era mais ansiada por mim do que a minha própria vida. A tua luz vadia, livre e inocente irradiou o meu coração. Não esqueço a minha menina de olhos azuis. Porquê? Carreguei-te nove meses no meu ventre, para agora te ver descer a um buraco que, para mim, não tem fundo. Sepultura mais fria e cheia de dor, essa onde tu entravas! Descansa em paz minha filha, pois quando à noite olhar para as estrelas, te mandarei sorrisos sem fim e toda esta saudade e sofrimento desaparecerão por instantes. Uma mera brisa correrá de um lado para o outro para te embalar e uma calma me percorrerá o corpo. Nunca te esqueças: serás sempre para mim a razão da minha existência, a vida da minha vida.
  Sei que estás sempre ao meu lado até ao dia em que, como tu, descer à terra fria. Nesse momento pegar-te-ei de novo ao colo e beijar-te-ei sem fim. Por isso, não te digo adeus. Apenas pouso nos teus lábios um doce beijo e, carinhosamente, me despeço. Até já… 

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