(dedicado à terra mais linda de Portugal)
Vem lá dos tempos
Onde o tempo passa
E tudo fica,
Calma e serena
Repousa santa
Por fim encanta
Tirando do sério.
Das encostas, os machos
Querendo retratos
Banhando d’oiro
A longa vida
D’eterna espera,
Que espera e desespera.
Rio nascente
De mágoas passadas
Onde a gente
Ainda sente
E permanece
Sossegada.
Gloriosos foram anos
Que nada
E tanto foram.
É como roupa de Domingo
No mofo da velha mala
Assim se encontra,
Adormecida
Por enquanto,
Esquecida
A um canto, sua bengala.
Em suma:
És vinho tinto
És água ardente
És lusco-fusco
És sol nascente
Imagem que fica
Em teu coração
Cai sempre o sol
Para lá do Marão.
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