terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Uma Família

  
Era uma vez uma família feliz, como muitas outras. Pais advogados 12:00 horas por dia, e filhos estudantes. Pouco tempo tinham uns para os outros, mas a ausência dos pais era compensada com roupas de marca, e viagens de férias para o Hawai. Seria assim para sempre?
  Um dia o pai telefona para a escola que os dois filhos frequentavam para dar autorização às crianças para saírem mais cedo. Ao chegarem a casa, viram o pai com cara de caso e perguntaram-lhe o que é que se passava e porque é que a mãe não estava. Em tom mansinho, o pai responde:
-Filhos, meus queridos, a vossa mãe está no hospital…
O espanto dos filhos foi grande, mas pela primeira vez, o pai estava com paciência para os esclarecer sobre tudo. O que se passava era que a mãe das crianças tinha um cancro muito avançado, este era o mesmo da qual sofria a avó deles e que a acabou por matar.
 Naquele preciso momento, a vida desta família tinha acabado de mudar radicalmente. Seria o dinheiro suficiente para atender aos caprichos dos filhos e pagar todos os tratamentos que a mãe precisava? Não, não chegava. Por três longos meses as crianças habituaram-se a usar roupas sem serem de marca, as viagens para o Hawai saíram das suas listas, mas o tempo e a paciência começaram a ser utilizadas. O pai já era pai presente e os filhos tornaram-se mais humildes, e até aprenderam a rezar a Deus para que protegesse a mãe. A treze de Março, o médico deu a maravilhosa notícia de que tinha sido retirado o cancro à mãe, definitivamente. A felicidade era tanta que esta família nem cabia em si de contente. Depois de terem dado alta à mãe, esta família teve uma conversa. Como estas crianças não tiveram os “mimos” habituais, os pais queriam recompensá-los e perguntaram o que é que queriam. E sabem a resposta? Nada, os meninos não queriam nada, disseram que eram muito mais felizes sem caprichos e riquezas, só queriam a atenção dos pais 24:00 horas por dia. A humildade destas crianças era cada vez maior, a vida desta família nunca mais foi o que era.

domingo, 16 de janeiro de 2011

O Natal e o Ano Novo



  Está frio cá fora, os meus pés descalços estão gelados! Bato de porta em porta e ninguém me ajuda. Onde está o coração destas pessoas? Nem na época de Natal ajudam uma pobre criança, descalça, cheia de frio e a precisar de algo quente. Não tenho família, mas já sei onde vou passar o Natal. Vou passá-lo ao pé do presépio da igreja. Aquele local é maravilhoso. De dia, toda a gente passa e ninguém dá conta daquele menino delicado, mas á noite tudo se enche de magia, um foco de luz se ilumina sobre os olhos daquela criança e muitas luzinhas de várias cores piscam como uma noite de céu estrelado. Na noite da consoada vou pedir a Jesus, que no Novo Ano aqueça os corações  das pessoas, que ele as faça lembrar de quem mais precisa, e que elas comemorem um Natal todos os dias. Vou pedir paz, amor, carinho e esperança e espero que ele me traga um Ano muito melhor que este.
  O meu carvão está a chegar ao fim e já me doem as mãos do frio, vou procurar um cartão para me deitar e dormir. 

sábado, 15 de janeiro de 2011

E o amanhã?


Tenho medo,
muito medo.
Não sei o que acontecerá
oh, meu amor.

Como te contar?
não sei, não sei
Mas serás de outra
se não tentar.

O meu medo é tanto, tanto
que angústia, que sensação!
Sim estou apaixonada
bate forte o meu coração.

Se casas,
se morres
O que faço sem ti
se nada sabes?

No dia-a-dia
sofro com tudo isto
Amo-te silenciosamente
assim será para sempre

Morro por ti
e tu morres por ela
É pena que esta não seja
a história da Cinderela.


Menina de olhos azuis



 Não! Não esqueço. Quando te vi pela primeira vez, menina dos meus sonhos, oh meu Deus! A tua chegada era mais ansiada por mim do que a minha própria vida. A tua luz vadia, livre e inocente irradiou o meu coração. Não esqueço a minha menina de olhos azuis. Porquê? Carreguei-te nove meses no meu ventre, para agora te ver descer a um buraco que, para mim, não tem fundo. Sepultura mais fria e cheia de dor, essa onde tu entravas! Descansa em paz minha filha, pois quando à noite olhar para as estrelas, te mandarei sorrisos sem fim e toda esta saudade e sofrimento desaparecerão por instantes. Uma mera brisa correrá de um lado para o outro para te embalar e uma calma me percorrerá o corpo. Nunca te esqueças: serás sempre para mim a razão da minha existência, a vida da minha vida.
  Sei que estás sempre ao meu lado até ao dia em que, como tu, descer à terra fria. Nesse momento pegar-te-ei de novo ao colo e beijar-te-ei sem fim. Por isso, não te digo adeus. Apenas pouso nos teus lábios um doce beijo e, carinhosamente, me despeço. Até já… 

Entre pensamentos





  Falésias altas prolongavam-se á beira-mar, maré calma, sabor salgado, um pé descalço traçava a areia fina. Em puro horizonte adormecia o Sol, uma brisa fresca balançava as pequenas e frágeis túlipas, quem respirava esta calma, era Homem novo. Um pequeno e melodioso assobio soava ao longe. Era música para os ouvidos de todos os apaixonados que sonhavam ali estar.   
Olá!
Bem-vindos ao meu Blog. Neste espaço irei colocar textos da minha autoria todos eles fruto do meu trabalho.
Comentem e apreciem.
Espero que gostem.