sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Do Alto do Sião

                
                   (dedicado à terra mais linda de Portugal)

                
                                                                                                                 

Vem lá dos tempos
Onde o tempo passa
E tudo fica,
Calma e serena
Repousa santa
Por fim encanta
Tirando do sério.

Das encostas, os machos
Querendo retratos
Banhando d’oiro
A longa vida
D’eterna espera,
Que espera e desespera.

Rio nascente
De mágoas passadas
Onde a gente
Ainda sente
E permanece
Sossegada.
  
Gloriosos foram anos
Que nada
E tanto foram.

É como roupa de Domingo
No mofo da velha mala
Assim se encontra,
Adormecida
Por enquanto,
Esquecida
A um canto, sua bengala.

Em suma:
És vinho tinto
És água ardente
És lusco-fusco
És sol nascente

Imagem que fica
Em teu coração
Cai sempre o sol
Para lá do Marão.